Com a chegada da primavera e do verão, há um aumento na proliferação dos insetos. Com mais atividades ao ar livre, nossas crianças estão mais expostas a picadas de insetos. Somente nesses momentos descobriremos se são alérgicos ou não, pelas reações apresentadas após a picada. Pensando nisso, queremos te preparar para que você saiba o que fazer caso seu filho seja picado por um inseto e apresente algum tipo de reação. Vamos lá?
Reações alérgicas
Quando a criança leva uma picada, o inseto injeta sua saliva na pele. Havendo um quadro alérgico, a mesma apresentará reações a essa saliva, que podem ser desde vermelhidão local a reações anafiláticas. Essas normalmente são caracterizadas por: desconforto respiratório, tontura e sensação de formigamento, podendo ser fatais.
Crianças entre 6 meses e 10 anos de idade são mais suscetíveis a tais reações. A partir dessa idade, o organismo da criança começa a se tornar menos sensível à ação dessas substâncias.
Os insetos são divididos em dois grupos: os sugadores, como mosquitos, carrapatos, percevejos e pulgas, e os picadores, como formigas, vespas, abelhas e besouros. Sendo o segundo grupo os mais suscetíveis a causarem reações anafiláticas.
É importante ressaltar que qualquer picada de inseto ocasiona uma reação alérgica de menor proporção, normalmente caracterizada por rubor (vermelhidão) e edema (inchaço) no local.
Porém, algumas pessoas apresentarão sinais de alerta independente do agente causador, como: queda súbita da pressão arterial, sensação de desmaio (ou desmaio), tonturas ou confusão mental, inchaços na região da face e boca, extrema dificuldade em respirar, etc.
Nestes momentos, precisamos intervir de maneira eficiente, a fim de evitar possíveis complicações.
Picada de abelha
Essas costumam ser picadas dolorosas, pois o agente causador deposita um “ferrão” na pele, causando reações na pele. Normalmente, essas não são graves, porém, se houver uma alergia prévia, ou dependendo do número de picadas, pode desenvolver reações mais graves.
Quais os sintomas?
Os sintomas comuns à picada de abelhas são: inchaço, vermelhidão, queimação ou coceira no local da picada. Porém, se a criança for alérgica, ela pode desenvolver rapidamente: sensação de mal-estar, formigamento, tontura, coceira generalizada e urticária, inchaço dos lábios ou da língua, dificuldade para respirar, perda de consciência e colapso.
Como agir?
- Ao verificar que a criança foi picada, leve-a imediatamente para um local seguro, caso haja mais abelhas.
- Retire o ferrão com um objeto de ponta arredondada, como um cartão de crédito ou faca de manteiga.
- Evite usar pinças ou qualquer outra coisa que possa perfurar ou espremer a bolsa de veneno que pode ser depositada pela abelha junto ao ferrão, pois isso pode piorar os sintomas.
- Eleve o membro que recebeu a picada, pois dependendo da região, elevar pode ajudar a reduzir o edema.
- Aplique uma compressa fria no local onde houve a picada, pode ajudar a aliviar a dor.
- Caso você tenha hábito, uma pomada anti-alérgica pode ser aplicada no local para minimizar os efeitos alérgicos.
Importante: Se houver reação alérgica grave, leve a criança imediatamente ao serviço médico especializado mais próximo.
Picada de aranha
Existem vários tipos de aranha, nem todas são nocivas ao ser humano. As mais conhecidas são a viúva-negra e a aranha marrom.
As viúvas negras, que podem ser pretas ou marrons, possuem uma marca vermelha em forma de ampulheta no abdome, e sua mordida deixa uma leve marca vermelha no local.
As aranhas marrons reclusas são identificadas por uma marca marrom em forma de violino em suas costas, e sua mordida produz círculos vermelhos acompanhados por bolhas e inchaço.
Uma mordida de uma dessas aranhas pode parecer nada mais que uma picada de alfinete. Algumas pessoas não percebem a princípio que foram mordidas, mas é importante ficar atendo aos sinais.
Quais os sintomas?
Aranha marrom
Inicialmente pode não apresentar dor local, porém, horas após a picada, pode apresentar uma lesão dura e escurecida que pode evoluir para necrose (morte do tecido) se não iniciado tratamento.
Viúva negra
Pode apresentar dor local, alteração da pressão arterial e do batimento cardíaco e sudorese (suor).
Como agir?
- Lave com água e sabão o local da picada.
- Aplique uma compressa morna para aliviar a dor.
- Leve imediatamente a criança picada ao serviço médico especializado, ou em casos mais graves, chame o serviço médico especializado.
- Leve a aranha, sempre que possível, para facilitar a conduta médica.
Picada de formiga
Existem vários tipos de formigas, porém as mais incômodas são as conhecidas como formigas vermelhas (formigas fogo) e as formigas pretas.
Quais os sintomas?
Os sintomas mais comuns são prurido (coceira), ardência e rubor (vermelhidão). Em alguns casos podem aparecer bolhas.
Como agir?
- Retire a criança do local caso haja mais formigas ou formigueiros.
- Coloque uma bolsa de gelo sobre a picada para aliviar a dor e o edema.
- Se ocorrer reação alérgica grave ou se as picadas tiverem atingido uma área grande, procure imediatamente serviço médico especializado.
- Não estoure as bolhas, quando houver surgimento delas. Procure orientação médica.
Picada de mosquito
Os mosquitos estão no ambiente e em algum momento da vida teremos contato com eles. Normalmente sua picada não dói e por vezes é imperceptível, porém quando apresenta-se alergia à saliva do mosquito reações alérgicas podem surgir.
Quais os sintomas?
Em pessoas não-alérgica, uma picada de mosquito pode apresentar uma bolinha menor que 2 cm e com vermelhidão ao redor. Já em pessoas alérgicas a bolinha é bem maior – podendo chegar a 10 cm, além de aparecer uma mancha na pele onde ocorreu a picada, mais clara ou escura do que a pele. Pode também formar uma pequena bolha no local.
Como agir?
- Aplique uma compressa gelada no local para aliviar a coceira.
- Quando houver surgimento de bolhas, não estoure. Procure serviço médico e busque orientações de qual pomada adequada deve-se utilizar.
Conclusão
A melhor maneira para tratar as picadas de inseto é evitando-as, e para tal algumas medidas devem ser seguidas, tais como: usar repelentes, instalar mosquiteiros e telas nas janelas, manter o ambiente que a criança vive limpo e dedetizado, evitar sujeira no terreno ou água parada para evitar a proliferação de insetos, solicitar ao bombeiro ou zoonoses de sua cidade a retirada de colmeias e ninhos de vespas.
Apesar da prevenção, nunca se esqueça dos sinais considerados “sinais de alerta”, onde encaminhar ao serviço especializado torna-se necessário e fundamental. Na dúvida, chame a SAMU 192 (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), isso pode salvar vidas!
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