Doenças e sintomas da infância

Escarlatina: sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção

A escarlatina, causada pelo estreptococo beta hemolítico do grupo A, é uma doença bacteriana contagiosa com febre, inflamação de garganta e erupção cutânea. Transmitida por gotículas infectadas, é diagnosticada clinicamente e tratada com antibióticos. A prevenção inclui higiene rigorosa e afastamento após 24 horas de tratamento. Embora não cause sequelas graves, a prevenção é crucial devido à facilidade de propagação.
menino com escarlatina com termometro para aferir temperatura febra e erupcoes cutaneas pele avermelhada

A escarlatina é uma doença bacteriana contagiosa, causada por uma bactéria chamada estreptococo beta hemolítico do grupo A. Os estreptococos são, também, agentes causadores de infecções da garganta (amigdalites) e da pele (impetigo). O aparecimento da escarlatina não depende de uma ação direta da bactéria e sim da reação de hipersensibilidade (alergia) às substâncias que a bactéria produz (toxinas).

Falaremos a seguir sobre a escarlatina e os manejos com esta doença. Vamos lá?

Quais são as manifestações da doença?

É uma doença em que aparecem associadas uma infecção na garganta, febre e uma erupção (alteração da cor e/ou textura) na pele e/ou língua. A febre é elevada nos dois ou três primeiros dias e diminui progressivamente. A erupção na pele em geral aparece no segundo dia da doença, com início no pescoço e no troco, progredindo em direção à face e membros. Ao que toque a pele aparece áspera desaparecendo em seis dias, acompanhando-se de uma descamação fina durante alguns dias, nas mãos e nos pés a descamação pode ser em lâminas. Já as alterações na língua são: apresentação branca e saburrosa no início, ficando depois com aspecto de framboesa (língua em framboesa), devido ao aumento das papilas que adquirem uma cor vermelha arroxeada nas bordas e na ponta da língua.

Como a escarlatina é transmitida?

A transmissão faz-se de pessoa para pessoa, por meio de gotículas de saliva ou secreções infectadas, proveniente de pessoas doentes. O tempo que decorre entre o contato com um indivíduo infectado e o aparecimento de sinais e sintomas (período de incubação) é, em geral, de dois a quatro dias, podendo variar de um a sete dias.

Como se faz o diagnóstico da escarlatina?

Apesar do diagnóstico ser baseado na observação clínica (associação de febre, inflamação da garganta e erupção típicas) pode ser confirmado através da pesquisa do estreptococo pela coleta do Swab da garganta. A confirmação da doença também pode através da coleta de exame de sangue.

Como é feito o tratamento da escarlatina?

O tratamento é com antibiótico, receitados por médico, e medicamentos para dor e febre.

 

Existe vacina para escarlatina?

Não. Diversos estudos com vacinas contra infecções por Streptococcus vem sendo realizados, mas ainda não há uma vacina eficaz para uso em humanos.

Como prevenir o contágio com a escarlatina?

Rigorosa higiene das mãos;
Desinfecção de fronha, toalhas e brinquedos utilizados pela criança infectada;
Evitar compartilhar objetos pessoais;
Etiqueta respiratória

A escarlatina necessita de afastamento?

Sim. Se faz necessário o afastamento da escola e/ou creche e de qualquer atividade coletiva, após 24 horas depois iniciar tratamento com antibiótico adequado, se estiver sem sinais e sintomas e liberado pelo médico. 

Conclusão

Por se tratar de uma doença sem sequelas graves, a escarlatina é considerada um mal-estar incômodo, devido aos seus sinais e sintomas, principalmente febre, dor de garganta e alterações na língua e pele, além de ser facilmente propagada. Portanto, é crucial serem tomados todos os cuidados para assegurarmos ou diminuirmos as chances de contágio. É importante ressaltar que a prevenção sempre será a forma mais eficaz de tratamento.

Referências:

https://hospitalinfantil.saude.pr.gov.br/Noticia/E-tempo-de-escarlatina.

https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-infecciosas/escarlatina/

Guia de vigilância epidemiológica, 7ª edição. Brasília - DF

https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-infecciosas/escarlatina/ 

http://www.universitariafm.ufla.br/?p=30914 

https://www.infoescola.com/doencas/escarlatina/ 

Escrito por
Michele Pinto

Enfermeira desde 2005, Michele é especialista em Terapia Intensiva, Neonatologia e Pediatria. Possui MBA em Gestão de Saúde e Controle de Infecção Hospitalar e MBA em Gestão de Recursos Humanos. Atualmente, é Coordenadora de Saúde na Coala.

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