Altas temperaturas, baixa umidade, tempo seco, pancadas de chuvas isoladas… todas essas são características da primavera e do verão.
Nesse período, devido a essas condições climáticas, há também aumento da proliferação de vírus e bactérias que tendem a estar suspensos ao ar por mais tempo, bem como a liberação de pólen e poeira, substâncias que ocasionam reações ao nosso corpo.
Diante disso, como estamos mais suscetíveis a algumas doenças bem características desse período, traremos aqui algumas das situações mais comuns, especialmente em nossas crianças.
Por sorte, a maioria dessas são doenças preveníveis, então atenção ao calendário vacinal e às medidas básicas de higiene.
Lembre-se que com a chegada das férias e o clima agradável que essas estações trazem, as crianças tendem a estar mais expostas ao ambiente externo e ao contato com esses agentes, por isso, todo cuidado é importante, afim de minimizar a sua contaminação.
Alergias respiratórias
A mudança climática, o tempo seco, a liberação de pólen por conta da chegada da primavera, são fatores que podem ocasionar inflamações e irritações na mucosa nasal, principalmente quando há predisposição alérgica.
Quando esse fenômeno ocorre, podem surgir alguns sinais e sintomas como: coriza, espirro, coceira nasal, ocular, entre outros.
Como agir?
- Mantenha a casa sempre arejada, evitando umidades.
- Evite carpetes e tapetes.
- Evite armazenar ou obter utensílios que armazenem poeira.
- Retire o pó com pano úmido, evitando utensílios como vassoura ou espanadores que espalham as partículas de poeira no ambiente.
- Coloque capas impermeáveis no colchão e travesseiro e limpe-as com pano úmido semanalmente, além de lavá-las a cada dois ou três meses.
- Aumente a ingestão de líquidos e mantenha uma dieta leve e balanceada. Quando for necessário, antitérmicos e analgésicos podem ser administrados, conforme costume e orientação prévia do pediatra.
- Caso a criança não apresente melhora, procure um atendimento médico especializado.
Arboviroses
São doenças causadas por vírus, principalmente através do mosquito. As mais conhecidas são dengue, zika e chikungunya e febre amarela.
No verão, a proliferação desses agentes, devido ao calor e acúmulo de água parada em recipientes, favorece o aumento das arboviroses.
São sintomas comuns: náusea/vômito, dor abdominal, exantema (manchas vermelhas na pele), dor de cabeça, dor no corpo, febre, entre outros.
Como agir?
Não existem tratamentos específicos para as arboviroses. O tratamento consiste basicamente em aliviar os sintomas de desconforto.
Aumente a ingesta hídrica, beba bastante líquidos e repouse, seu corpo precisará disso para se recuperar, sempre que possível mantenha uma boa alimentação.
A maneira mais efetiva de tratar as arboviroses, é preveni-las, por isso medidas como uso de telas nas janelas, uso de repelentes, evitar acúmulo de água parada em recipientes são essenciais, assim evitamos a proliferação do mosquito e consequentemente a disseminação destas doenças.
Lembre-se, havendo desconfortos ou piora do quadro procure o serviço especializado.
Catapora
É uma doença viral transmissível ocasionada pelo vírus Varicela Zoster, por isso também é chamada de varicela.
Tem como característica principal o surgimento de bolhas e erupções vermelhas na pele acompanhadas de coceira intensa e febre.
Sua transmissão acontece por meio do contato com o líquido presente nas bolhas ou pelo contato com saliva e objetos contaminados pelo vírus. Por isso, nesses casos o isolamento é necessário, podendo retornar a rotina escolar após o desaparecimento dos sintomas.
Como agir?
O tratamento para a varicela é feito através da administração de analgésicos e antitérmicos para alívio dos sintomas.
Evite coçar as lesões e não retire as crostas. Para aliviar a coceira, banhos frios e/ou compressas frias sob as lesões podem ser feitos.
Assim como a maioria das doenças, a melhor forma de tratamento é a prevenção. Para isso, é disponibilizado pelo Ministério da saúde, a vacina contra a varicela sendo sua primeira dose aplicada aos 12 meses e a segunda dose entre 15 e 24 meses de vida.
Desidratação
É o estado em que o corpo se encontra onde está com baixo teor não só de água, mas também sais minerais e líquidos corporais.
Embora ela possa ocorrer em outros períodos e possuir outras causas, durante o verão é muito comum que crianças apresentem desidratação devido à exposição excessiva ao sol.
Seus sintomas principais são: choro sem lágrima; saliva muito espessa; boca seca; lábios rachados; olho fundo; hipoatividade da criança (criança apresentando olhar vago, pouca interação); temperatura do corpo mais elevada; urina muito concentrada e em menor quantidade.
Ao identificar tais sintomas é importante levar a criança ao atendimento hospitalar para que o médico avalie a necessidade de hidratação venosa ou se a mesma pode ser feito em casa.
Como agir?
Aumente a ingestão de líquidos, tais como água mineral, água de coco, etc, e mantenha uma dieta leve e balanceada, preferencialmente com alimentos ricos em água (morango, melancia, rabanete, cenoura, melão, etc.). Mantenha a amamentação, aos bebês que ainda mamam. Eventualmente, podem ser utilizados também sais de reidratação oral.
Conclusão
Apesar dessas estações serem lindas, é inevitável o contato com agentes causadores de doenças. Por isso, reforçar as medidas de prevenção, manter o calendário vacinal em dia, uma alimentação sempre equilibrada, manter-se hidratado e manter ambientes sempre limpos livre de poeiras e agentes infecciosos, são ações essenciais para o equilíbrio da saúde das nossas crianças.
Lembre-se: toda doença precisa de avaliação médica para que o tratamento seja feito de maneira segura. Evite se automedicar, seguindo as orientações do médico e as maneiras de prevenção e seja livre para aproveitar a beleza desta estação!
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