Nos últimos dias, o Brasil teve um aumento significativo de novos casos de COVID-19, relacionados a sublinhagens da variante ômicron. Diante desse cenário, a Coala tem recomendações importantes para as escolas, papais, mamães e cuidadores.
Você que lida com pequenos, lembre-se: muitas crianças ainda não tiveram a chance de serem vacinadas, sobretudo as mais novas. Logo, torna-se ainda mais importante intensificar as nossas ações de prevenção e observar de forma atenta eventuais sintomas, a fim de ajudar a minimizar novos casos da doença.
É hora de cuidar de si e dos demais ao seu redor, especialmente das nossas crianças. Vamos entender quais são as orientações para lidar com casos de COVID-19 nas escolas?
O que é a COVID-19 e como ela é transmitida?
A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo novo coronavírus - o SARS-CoV-2. O curso e a gravidade da doença causada por esse agente altamente transmissível é variado e depende de diversos fatores.
A maioria das pessoas adoece com sintomas leves a moderados, enquanto outras desenvolvem quadro grave e necessitam de suporte médico especializado. As características da COVID-19 têm variado de acordo com as populações e diferentes cepas virais em circulação.
O período de incubação do novo coronavírus é de 1 a 14 dias, com mediana de 5 a 6 dias. Seu tempo de transmissão continua sendo alvo de muitos estudos. A literatura sugere que a transmissão ocorra não só por indivíduos sintomáticos, mas também por pessoas infectadas com ausência de sintomas.
As vias de contaminação viral ocorrem por contato, por gotículas e por aerossol. Situações comuns de contaminação ocorrem com exposição a tosse, espirro, saliva, catarro e toque em superfícies ou pessoas contaminadas seguido de contato da mão com os olhos, boca ou nariz.
Quais os sintomas da COVID-19?
São múltiplas as apresentações clinicas da COVID-19. Pessoas infectadas podem ser assintomáticas, apresentar sintomas leves ou evoluir com gravidade à síndrome respiratória aguda grave e danos em diversos órgãos e sistemas do organismo. Novos sintomas continuam a ser relatados ao redor do mundo.
Sintomas leves: febre (alta), tosse, dores no corpo e na cabeça, cansaço, incômodo ou dor na garganta, secreção ou congestão nasal etc.
Crianças: atenção aos sintomas gastrointestinais, como diarreia e inapetência.
Sintomas graves: dor no peito, falta de ar, dificuldade para respirar (dispneia) e para falar, sinais de esforço respiratório com gemência, cianose (presença de coloração azulada nas extremidades, lábios e rosto), tiragem intercostal, retração xifóidea e batimento de asas de nariz, alteração do nível de consciência etc.
Crianças: atenção aos sinais de batimento de asa de nariz, tiragem intercostal, desidratação e sonolência.
Se sentir algum sintoma grave, dirija-se o mais rápido a uma unidade hospitalar.
Como é feito o tratamento?
De acordo com as normativas do Ministério da Saúde, não há um tratamento específico para COVID-19.
Para casos leves e moderados, o tratamento consiste no alívio dos sintomas apresentados com recomendação de repouso, boa hidratação e alimentação, além de tomar todas as medidas preventivas. Em casos graves, é necessário suporte médico especializado.
Também é extremamente importante manter o isolamento, sempre utilizar máscara quando precisar de aproximar de alguém e quando precisar tossir ou espirrar, usar preferencialmente a parte interna dos cotovelos.
Tenho um caso de COVID-19 na minha escola, o(a) aluno(a) infectado(a) deverá ser afastado?
A recomendação atual do Ministério da Saúde para casos leves e moderados é de afastamento escolar por 7 dias. Após esse período, o retorno poderá ocorrer desde que a pessoa infectada esteja assintomática por pelo menos 24h após o período de afastamento. Casos graves podem necessitar de afastamentos maiores, conforme orientação médica.
Quais devem ser os cuidados com a pessoa infectada?
- Permaneça em isolamento conforme orientações médicas e das autoridades.
- Mantenha repouso.
- Garanta uma hidratação adequada.
- Mantenha uma alimentação balanceada
- Intensifique a higiene das mãos.
- Mantenha arejado o local onde está ocorrendo o isolamento. Se possível, abra as janelas para possibilitar a ventilação do ambiente.
- Limpe a maçaneta frequentemente com álcool 70%.
- Cubra o nariz e boca com a parte interna do cotovelo quando for espirrar.
- Sempre que precisar circular em locais coletivos, tais como banheiros, utilize máscara.
- Separe o lixo da pessoa infectada dos demais e atente-se ao momento do descarte.
- Após manusear o saco de lixo, lave imediatamente as mãos. Se possível, utilize luvas descartáveis e descarte-as imediatamente.
- Evite o compartilhamento de objetos como talheres, copos, roupas.
- Sempre que possível, dê preferencia a secar as mãos com toalhas de papel. Evite toalhas de pano.
- Limpe frequentemente as superfícies, principalmente as de uso comum, com álcool 70%.
- Em caso de sinais de alarme, sintomas graves ou permanência de sintomas, procure uma assistência médica.
Meu aluno teve contato com uma pessoa infectada, quais devem ser os cuidados nesse caso?
De acordo com o Ministério da Saúde os contactantes não devem ser isolados, a menos que manifestem sintomas. Uma vez tendo contato com alguém que esteja positivo para COVID-19, é necessário a realização do teste para descarte diagnóstico, ainda que a pessoa esteja assintomática.
Obtendo resultado negativo: fica liberado o retorno às atividades escolares, mantendo o uso de máscaras e monitoramento de possíveis sintomas.
Obtendo resultado positivo: determina-se o afastamento das atividades conforme descrito anteriormente.
Como prevenir e controlar a doença no ambiente escolar?
- Utilize máscaras faciais dentro do ambiente escolar, especialmente em áreas fechadas, com ventilação limitada ou de maior aglomeração.
- Intensifique a higiene das mãos.
- Evite o compartilhamento de objetos.
- Adote a etiqueta respiratória (uso da parte interna dos cotovelos), quando houver necessidade de tossir ou espirrar.
- Mantenha o calendário vacinal em dia, com atenção especial à atualização das doses vacinais contra a COVID-19, de acordo com a disponibilidade e cronograma de cada localidade.
- Sempre que possível, mantenha uma distância mínima de 1 metro das pessoas.
- Preferencie ambientes abertos, arejados e que tenham boa ventilação.
- Siga sempre as recomendações mais atualizadas das autoridades de saúde e vigilância sanitárias do Brasil.